De acordo com um estudo levado a cabo pela Millward
Brown/Hill+Knowlton Strategies Portugal, 65% dos inquiridos no
estrangeiro com conhecimentos internacionais não é capaz de identificar
uma única marca portuguesa. O estudo, que inquiriu 770 pessoas em
mercados tão diversos como África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil,
China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Grécia,
Holanda, Polónia, Portugal e Reino Unido, pretendeu perceber qual a
percepção existente sobre as marcas portuguesas.
Dos inquiridos no estrangeiro, apenas 35% afirmaram conhecer marcas
portuguesas, sendo que apenas no Brasil (66%), Espanha (64%) e Polónia
(56%) é que o número de pessoas que conhece marcas portuguesas supera os
que não conhecem. Nos EUA, o desconhecimento atinge os 93% dos
inquiridos.
Quando analisadas as respostas dadas pelos inquiridos internacionais
que já consumiram produtos portugueses – 40% dos quais já visitaram
Portugal – a qualidade dos produtos portugueses associada à percepção
das suas características artesanais conduzem a uma apreciação positiva
dos produtos. Em 59% dos casos, inclusivamente, a qualidade reconhecida
das marcas portuguesas fez com que estas fossem ao encontro ou
excedessem as expectativas.
As conclusões do estudo realizado pela Millward Brown/Hill+Knowlton
Strategies Portugal mostram ainda que, excluindo o sector alimentar, são
poucos os conhecimentos sobre produtos e/ou marcas portuguesas,
aparecendo os vinhos como o produto nacional que reúne maior número
conhecimento por parte dos consumidores internacionais. As marcas
referidas espontaneamente com maior destaque foram a TAP, Sagres, Super
Bock, Banco Espírito Santo e azeite Gallo, sendo de destacar ainda na
área da distribuição Pingo Doce e grupo Jerónimo Martins.
Mais de metade dos portugueses acredita que marcas da distribuição são nacionais
Internamente, verifica-se que são os indivíduos com idades
compreendidas entre os 45 e 54 anos quem mais se preocupa em comprar
português, apesar de apenas 10% dos portugueses afirmarem pagar mais por
isso. Quando questionados sobre Marcas de Distribuição (MdD), mais de
50% dos inquiridos portugueses acredita que estas são maioritariamente
portuguesas, embora a origem dos produtos adquiridos não seja relevante
para cerca de 30% das pessoas.
Em relação às razões para consumir português, os inquiridos em
Portugal são peremptórios: a qualidade dos produtos e o apoio à economia
ocupam, respectivamente, o primeiro e segundo lugar da tabela das
motivações. Frescos, azeite, leite, iogurtes e óleo alimentar são as
categorias de produto cuja origem é mais relevante para os cerca de 40%
dos inquiridos em Portugal que procuram marcas portuguesas.
Fonte: HiperSuper
Sem comentários:
Enviar um comentário